Um francês chamado Platini

Platini vestindo branco e preto, as cores da Juventus


A década de 80 foi extraordinária, para muitos setores. Para a música, bandas como Queen, Rolling Stones e Duran Duran, no cenário nacional, Legião Urbana, Ultraje a Rigor e Paralamas do Sucesso. Na televisão, programas que até hoje são marcantes na memória, como Os Trapalhões, TV Pirata e A Turma do Balão Mágico. Marcas, eventos históricos, a política, a economia, indiscutivelmente esse período foi inesquecível. E, de forma bastante expressiva, o futebol também teve grande destaque nessa época, revelando craques, marcando época.
Em 12 de julho de 1980, Pelé foi eleito por jornalistas do mundo inteiro como sendo o Atleta do Século. Em 81, o Flamengo ganhou o seu Mundial, 3-0 contra o inglês Liverpool, sendo o rubro-negro liderado por Zico. A Democracia Corinthiana, os atletas de Cristo, o casal 20 do Fluminense, Washington e Assis. Roberto Dinamite, Sócrates, Renato Gaúcho, Éder Aleixo. Todavia, não só havia craques brasileiros, mas também muitos no exterior.
Houve o holandês Van Basten, que fez grande sucesso tanto no Ajax como no Milan. Baresi, italiano considerado por muitos como o maior líbero que o futebol já possuiu, jogou 20 anos também no Milan. Jogou nessa década também o ex-atacante alemão Karl-Heinz Rummenigge, que marcou mais de duzentos gols pelo Bayern de Munique. Todavia, existe um jogador que, mesmo eu vivenciando apenas um ano da década de 80, me chamou bastante atenção, ao estudar a sua história.
Um francês que jogava futebol de uma forma impecável, e que por ventura jogou no time do meu coração, a Juventus de Turim, da Itália, a Velha Senhora. O nome desse jogador da seleção francesa é Michel Platini, que nasceu em 21 de junho de 1955, em Joeuf, uma comuna da França. Quando foi tirar sua primeira carteira de identidade, ele, ainda jovem, falou que sua profissão era jogador de futebol. O escrivão, por sua vez, discordou e fez uma explicação dizendo que aquilo não era considerado como um emprego. Um grande engano, uma vez que o francês com raízes italianas ganhou não só apenas a vida com uma bola nos pés, como também fez o mundo inteiro ficar posto aos seus pés o vendo jogar bola. Platini começou sua carreira profissional aos 16 anos, no Nancy.

Platini na Copa de 1986, no México, em França contra Hungria

Após ser eleito o melhor jogador do time e ser convocado para a seleção nacional, de onde não sairia mais, e duas temporadas após conquistar a Copa da França pelo modesto time de Lorraine, foi transferido para um time de maior porte no campeonato francês, o Saint- Étienne, após ser disputado pelo Nantes, Olympique de Marselha, PSG, além da tradicional equipe italiana Inter de Milão. Vestindo agora a cor verde, Platini conquistou o primeiro título do campeonato francês, além de se mostrar perceptivelmente que era um meio-campista artilheiro.
Apenas na Ligue 1, o campeonato francês, ele fez cinquenta gols em três temporadas, uma média de 0,43 gols por jogo. Isso atraiu os olhares da Juventus, e duas temporadas no novo clube francês, a contratação foi realizada. Em sua primeira temporada vestindo branco e preto, foi o artilheiro da competição. Com o decorrer dos anos, ganhou premiações, como três Bolas de Ouro, dois campeonatos italianos, uma Copa da Itália, uma UEFA Champions League e um Mundial.


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